Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos
Bancários de Itajubá e Região

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Histórico

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Sintetizar a história de tradição e lutas de uma entidade como o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Itajubá e Região é extremamente difícil pois, desde os tempos da fundação da Associação dos Bancários, em junho de 1951 quando, tendo como presidente de honra o Sr. Waldomiro Verano, e a primeira diretoria eleita formada por: Gabriel Ferreira Leite (Presidente), Geraldo Martins Riera (Vice-Presidente), Iro Machado (1º Secretário), Sebastião Celso Salomon (2º Secretário), Waldemar Gargaglione (tesoureiro), Terezinha Rennó (Procuradora) e Antônio Carlos Abranches (Bibliotecário), e membros do Conselho Fiscal, os Srs. Benedito Vilela de Paiva, Antônio Tejo e Luiz Gomes Viana, a instituição cumpriu com fidelidade o seu mister, cuidando com zelo e competência dos interesses maiores da categoria.

Assim, e homenageando principalmente a memória dos que já se foram, nos permitimos inserir nesta seção da "home" algumas das notícias que foram divulgadas nos jornais da época em que florescia a associação, e que veio a se transformar no nosso Sindicato.

As notícias, com a redação da época, bem evidenciam a consciência dos bancários de nossa região, o que prevalece até hoje e que nos leva a encher o peito e exclamar com orgulho o dito popular que diz: "quem herda não rouba", para mostrar a nossa alegria em administrar uma entidade tão rica em sua história, tão pródiga em seus feitos e tão séria em seus propósitos.

Eis a seguir, com a identificação dos veículos e respectivas datas, as principais matérias que foram veiculadas sobre o nascimento do Sindicato; bancário (a) leia e curta um pouco da história de sua entidade.

 


 

"Jornal O SUL DE MINAS", de 21.11.48, com o título

COM OS BANCÁRIOS

Vimos assistindo, ultimamente, a uma série de atos que vem evidencia o espírito realizador do itajubense: Inaugurações do Posto de Puericultura e Associação da Mocidade Itajubense (AMI); ampliação da Santa Casa de Misericórdia, criação do Patronato "Wenceslau Neto" etc. São iniciativas oportunas, de grande alcance e valor, às quais ninguém poderá regatear apoio, a menos que se coloque indiferente ao progresso da nossa terra.

Esse feliz surto de empreendimentos fecundos, nos anima a rabiscar algumas linhas sobre a vantagem que adviria para os nossos bancários, se eles formassem a sua própria associação de classe - Associação dos Bancários de Itajubá, por exemplo. Seria mais uma entidade associativa para a cidade, que já conta com outras em diversos setores de atividade.

Com semelhante organismo, a nossa família bancária só vantagens poderia auferir, entre as quais podemos destacar: ponto certo de reunião para maior aproximação entre os bancários dos mais diversos bancos da praça, suas famílias e a própria sociedade local; conhecimento mais rápido e amplo dos assuntos de sua profissão, por meio de discussões e conferências; melhor compreensão de seus interesses de ordem econômica, jurídica, higiênica e cultural; auxílio mútuo que poderá completar os benefícios recebidos das instituições de previdência a que pertencem e mesmo possibilitar outras vantagens ainda não alcançadas pelas leis sociais vigentes.

Dado o conhecimento e longa prática de assuntos econômico-financeiros que possuem os bancários, não seria de estranhar que eles pudessem, sem nenhum partidarismo político, estudar assuntos de interesse do município e apresentar boas sugestões para solução de certos problemas de interesse coletivo.

Itajubá conta em seu seio mais de 100 bancários. Pelo Decreto-lei nº 5452, de 1.5.43 (Consolidação das Leis do Trabalho), são eles, como o são todos os empregados, obrigados a pagar anualmente o imposto sindical que corresponde a um dia de serviço. Esse imposto totaliza mais de 10 mil cruzeiros e é destinado à manutenção do órgão de classe.

Na falta deste, na localidade, o imposto é recolhido a favor do Fundo Social Sindical. Têm, pois, os bancários, no imposto sindical, o recurso principal para a manutenção da sua associação de classe.

Uma pequena mensalidade adicionada àquele tributo, poderia proporcionar meios para excelentes realizações de interesse profissional e recreativo.

Ninguém ignora que há certos problemas de ordem econômica, jurídica, cultural, etc., que, em nossos dias, não encontram solução senão com o apoio coletivo. O progresso extasiante dos nossos dias criou um meio falso e egoísta, que faz extinguir, aos poucos, o sentimento de compreensão que deve existir entre nós. A carência de recursos, os compromissos certos e inadiáveis, o falso conhecimento de quase tudo, reduzem a nossa eficiência e nos tornam um tanto insensíveis e inativos. Dificilmente nos colocamos acima do meio confuso em que vivemos. Nesta emergência, nada mais útil do que a criação de organismos destinados a aproximar e unir os homens.

Fica, pois, nestas linhas, lançada a idéia da fundação da associação dos bancários de Itajubá que, por certo, merecerá o apoio dos itajubenses. Cabe aos bancários se unirem para discussão do assunto. Ninguém melhor do que eles sabe das suas conveniências e necessidades.

Os nossos votos são para que a presente sugestão, se julgada boa, se torne uma realidade e alcance êxito completo.

(EDSON)

 


 

"Jornal O SUL DE MINAS", de 21.06.51, com o título

FUNDADA A ASSOCIAÇÃO DOS BANCÁRIOS DE ITAJUBÁ

Muito concorrida a assembléia de constituição - Como falaram os oradores - Os Estatutos - No próximo dia 11 será eleita e empossada a primeira diretoria.

Realizou-se no dia 4 do corrente, na sede da Associação Comercial de Itajubá, a anunciada assembléia geral dos bancários, na qual ficou assentada a fundação da ASSOCIAÇÃO DOS BANCÁRIOS DE ITAJUBÁ.

Os trabalhos, que decorreram em ambiente de intensa animação e cordialidade, tiveram início às 19:30 horas, com a presença da totalidade dos bancários desta cidade. Fizeram parte da mesa diretora os senhores Célio Rangel de Andrade, Orestes Dias Damasceno, Alfredo Gabrich, Geraldo Martins Riera, Iro Machado, Benedito vilela de Paiva e Geraldo Gonçalves.

OS ORADORES

Depois dos atos preliminares da abertura da sessão, o presidente senhor Ivo Machado, em breve alocução, disse que a idéia da fundação de uma associação representativa da classe, era muito antiga, encontrando ultimamente grande acolhida no meio bancário, sendo agora concretizada em memorável assembléia. Exortou os bancários à união, dizendo que nunca houve tanta necessidade de união como nos dias que vivemos. Fez um feliz paralelo entre a prosperidade do comércio e da indústria, de um lado, e a dificuldade progressiva dos que vivem de salários, sendo patente o enriquecimento da super estrutura social, que atrofia, na proporção da sua prosperidade, a vida da média e infra estruturas da nossa sociedade.

Finalizando disse que não se cogitava, absolutamente, de erigir uma trincheira para a luta de classes. A paz social reclama um clima de mútua confiança, de harmonia entre o capital e o trabalho, senso de responsabilidade, ordem e disciplina na produção, vontade de produzir, respeito aos interesses gerais, e que os bancários sentiam tudo isso no mais alto grau, mas que a ASSOCIAÇÃO DOS BANCÁRIOS DE ITAJUBÁ jamais teria caráter meramente simbólico, pois havia muito o que fazer para uma vida sem temores e um futuro livre de incertezas.

A seguir usou da palavra o bancário Orestes Dias Damasceno, que recomendou fossem os estatutos elaborados com muito cuidado a fim de evitar luta entre empregados e empregadores, que resultaria sempre em prejuízo para os primeiros.

Também falou o senhor Célio Rangel de Andrade, estudando a evolução política-social do mundo, em nossos dias, e da decidida participação das associações de classe, como instrumento de harmonia e cooperação que representam na estrutura social. Que em país onde o sindicalismo é mais adiantado, a situação do povo é menos penosa, bem ao contrário do que acontece aqui, onde o governo emprega o maior de seus esforços para minorar as dificuldades da vida, sem resultado satisfatório, em virtude da ilimitada ganância dos magnatas, dos grandes capitalistas que aumentam ao seu bel-prazer, o custo das utilidades e continuam aumentando dia a dia, sem se preocuparem com as conseqüências da asfixia do povo. Disse ainda que a Associação trabalhara incansavelmente na defesa dos direitos dos bancários e promoverá a criação de cooperativa de consumo, sem visar qualquer lucro, de modo a evitar tanto quanto possível a interferência de intermediários, que são os encarecedores da vida, terminado, a seguir, a sua oração, pedindo a Deus que guiasse a todos pelo caminho do Direito, para maior felicidade e prosperidade da Associação dos Bancários de Itajubá. Todos os oradores foram muito aplaudidos.

OS ESTATUTOS

Foi lida parte de um ante-projeto de estatutos, o qual seria submetido a estudos e emendas por uma comissão de bancários, então designada pela assembléia para elaborar os estatutos da novel associação.

Ficou marcada para o dia 11, amanhã, a segunda assembléia que discutirá e aprovará, provavelmente, os estatutos, bem como elegerá e empossará a primeira diretoria. Reina o maior entusiasmo entre os bancários pelo motivo da fundação do seu órgão de classe, sendo grande o interesse pela constituição da primeira diretoria. Muitas chapas disputarão o pleito, sendo a mais cotada até o momento, a encabeçada pelo bancário Luiz Gomes Vianna.

 


 

"Jornal O SUL DE MINAS", de 17.06.51, com o título
ELEIÇÃO DA ASSOCIAÇÃO DOS BANCÁRIOS DE ITAJUBÁ

Realizou-se na sede da Associação Comercial de Itajubá, segunda feira última, dia 11 do corrente, a segunda assembléia da Associação dos Bancários de Itajubá, para a discussão e aprovação dos seus estatutos e eleição da primeira diretoria, sob a presidência do Sr. Waldomiro Verano da Silva, que não teve a menor dificuldade em dirigir os trabalhos pois, apesar do grande interesse dos bancários durante toda a fase de organização da novel sociedade, eles decorreram em ambiente salutar, de absoluta calma e compreensão.

Em seguida à aprovação dos estatutos, que foi feita por capítulos, tendo havido algumas modificações no ante projeto, votados pela assembléia, a atenção geral voltou-se para a eleição da diretoria, sendo digno de registro especial o entusiasmo do elemento feminino do nosso meio bancário, durante todo o desenrolar da sessão.

A apuração dos votos foi feita pelas escrutinadoras, senhorinhas Wanda Silva leite, Terezinha Rennó, Maria da Glória Cabral e Maria José Aparecida Ribeiro, e sob a presidência da mesa que dirigiu os trabalhos, constatando-se, ao final, o resultado seguinte, que constituiu verdadeira surpresa, por isso que a chapa vitoriosa, até o momento da apuração, não era a mais cotada: Gabriel Ferreira Leite, presidente; Geraldo Martins Riera, vice-presidente; Iro Machado, 1º Secretário; Sebastião Celso Salomon, 2º Secretário; Waldemar Gargaglione, tesoureiro; Terezinha Rennó, procuradora e Antônio Carlos Abranches, bibliotecário; Benedito Vilela de Paiva, Antônio Tejo e Luiz Gomes Viana, membros do Conselho Fiscal.

O senhor Waldomiro Verano, presidente de honra da Associação dos Bancários, vivamente emocionado exaltou a cordialidade, compreensão e espírito de cooperação demonstrados pelos bancários, o que concorreu decisivamente para o completo êxito e beleza de todos os atos, nesta primeira fase de vida da Associação. Homenageando, também, as queridas e sempre lembradas figuras póstumas do meio bancário itajubense, que mereceram e merecerão sempre toda estima e gratidão dos bancários, disse que se vivos fossem, Major João Pereira, Oscar Barroca, Domingos Salgado, Miguel Vianna, Benedito Cabral e tantos outros, estariam ali naquele dia colocando a sua pedrinha para a edificação de tão útil e elevada iniciativa, que muito há de contribuir para o cultivo do espírito de fraternidade no seio da classe.

Com palavras repassadas da mais evidente sinceridade, o senhor Durval Cunha comentou demoradamente o artigo dos estatutos da Associação que proíbe a propaganda de doutrinas incompatíveis com as instituições e os interesses nacionais, sendo muito aplaudido.

Empossada a diretoria recém eleita, o senhor Gabriel Ferreira Leite, presidente, declarou que o resultado do pleito não o surpreendera, dada a grande confiança que depositava na comissão de bancários que o procurou, comunicando a escolha de seu nome para ocupar o principal posto na primeira diretoria da Associação, partindo do princípio de que a presidência deveria ser exercida por um simples bancário que não estivesse investido de mandato especial da diretoria dos bancos, a fim de proporcionar mais liberdade aos associados, em suas eventuais demarches com os empregadores.

A natural insatisfação, momentânea, após um pleito muito concorrido, que reinou entre os bancários sem nenhuma conseqüência lastimável, porém, graças a boa vontade e elevado espírito de cooperação existentes, por parte de todos, como nos foi dado observar, bem poderia ser interpretada como um valioso teste, que positivou o amor que os bancários itajubenses devotam à sua associação.

Disse, o senhor Gabriel, que empregaria o melhor de seus esforços para elevar o bom nome da Sociedade, procurando servir aos bancários, na medida das suas forças, de modo a mostrar-se digno da confiança de todos os seus colegas, que muito prezava.

Ao noticiarmos, detalhadamente, a eleição na Associação dos Bancários, auguramos completo êxito em seu desiderato e muitas felicidades à primeira diretoria no desempenho de suas atribuições.

 


 

"recorte de Jornal de âmbito estadual não identificado", com o título
INAUGURADA A SEDE PRÓPRIA DA ASSOCIAÇÃO DOS BANCÁRIOS

Itajubá (Minas) 8 - Com expressivas festividades foi inaugurada, dia 1º a sede da Associação dos bancários de Itajubá. A cerimônia que contou com a presença de bancários e pessoas de destaque da sociedade local foi presidida pelo Sr. Gabriel Ferreira leite, alto funcionário do Banco de Itajubá, que pronunciou, na ocasião, um discurso.

Falaram ainda o Sr. Vicente Vilela Viana, prefeito municipal e o sr. Geraldo Grossi, delegado do Imposto de Renda, nesta cidade, os quais se congratularam com os presentes pelo auspicioso acontecimento. A seguir, o presidente da mesa convidou o prefeito para descerrar a cortina que cobria a placa onde se achava inscrita a legenda da Associação dos Bancários de Itajubá, o que foi feito sob salva de palmas. Concluída a primeira parte do programa dos festejos, teve lugar nos salões da Associação Comercial de Itajubá um animado baile.

 


 

Jornal "DIÁRIO DE SÃO PAULO", de terça-feira, 16/06/1951

COM DIVERSAS SOLENIDADES FOI FUNDADA EM ITAJUBÁ A ASSOCIAÇÃO DOS BANCÁRIOS

ELEITO PARA PRESIDENTE DA NOVA ENTIDADE DE CLASSE, O SR. GABRIEL F. LEITE

ITAJUBÁ, 12 - Teve lugar ontem à noite, no edifício da Associação Comercial, desta cidade, uma grande reunião de bancários locais, a fim de ser fundada sua entidade de classe. A sessão foi presidida pelo sr. Valdomiro Verano da Silva, gerente do Banco Nacional de Minas Gerais, atuando, como secretários, os bancários Iro Machado e Arlindo José Ramos. Tomaram parte na mesa, ainda os srs. Otavio Paulo Sampaio Aires, João Ribeiro, Orestes Damasceno e Gabriel Gabrish, todos pertencentes às principais casas bancárias da cidade. Inicialmente, os trabalhos, que tiveram à presencia-los mais de 100 bancários, foi procedida a leitura dos estatutos, que provocou amplos debates. Após ter sofrido algumas emendas, o mesmo foi aprovado. Em seguida teve lugar a eleição da nova diretoria. O resultado foi o seguinte: presidente, Gabriel Ferreira Leite; vice-presidente, Geraldo M. Rieira; 1.o Secretário, Iro Machado; 2.o, Sebastião C. Salomon; tesoureiro, Valdemar Gargaglioni; procurador, Teresinha Renó; bibliotecário, Antonio C. Abranches.

Em seguida, o presidente da mesa após ter pronunciado algumas palavras sobre o auspicioso acontecimento para a classe e para a vida social de Itajubá, deu posse á nova diretoria. O novo presidenta da entidade sr. Gabriel Ferreira Leite, discursou agradecendo a preferência de seus companheiros.

 


 

Jornal "O SUL DE MINAS", de 04/11/1951

Coluna Bancária

Instalação da Sede da Associação dos Bancários de Itajubá

Realizou-se a 1º do corrente mês a instalação solene da sede da Associação dos Bancários de Itajubá. Estiveram presentes grande número de bancários e muitos convidados, entre os quais destacamos o Sr. Dr. Vicente Vilela Vianna, Prefeito Municipal, Dr. Geraldo Grossi, Delegado Seccional do lmpôsto de Renda, Dr. Luiz de Lima Vianna, Sub-Gerente do Banco de Itajubá e Onofre Flávio Evangelista, Presidente do Sindicato dos Empregados nas Indústrias Têxtis de Itajubá.

As solenidades tiveram início às 20,30 com a leitura do relatório sôbre as atividades da Associação desde a sua fundação, em 4 de Junho p. findo até esta data, seguindo-se com a palavra o Presidente, Sr. Gabriel Ferreira Leite que, depois de tecer considerações a respeito das elevadas finalidades de um órgão de classe, no momento presente, convidou ao Sr. Prefeito Municipal para descerrar a cortina que cobria a placa onde se achava inscrita a legenda da Associação dos Bancários de Itajubá. O Sr. Prefeito, agradecendo o convite, proferiu uma breve oração na qual enalteceu a realização dos bancários e os estimulou a prosseguir unidos em torno de seu orgão de classe, fazendo depois, descerramento da cortina, sob vibrante salva de palmas de todos os presentes. Falou também o Sr. Dr. Geraldo Grossi, rememorando o seu passado de bancário e congratulando-se com os bancários, aos quais abraçava efetivamente naquele momento, na pessoa do presidente da Associação. Após o encerramento da sessão solene pelo Sr. Gabriel Ferreira Leite, que agradeceu a presença de todos e bem assim as palavras de entusiasmo e incentivo proferidas pelos Srs. Prefeito Municipal, Sr. Dr. Vicente Vilela Vianna e Delegado Seccional do Imposto de Renda, Sr. Dr. Geraldo Grossi, foram servidos cerveja e guaraná aos presentes. Como final do programa organizado para comemorar a instalação da sede da Associação, realizou-se animado baile na Associação Comercial de Itajubá, gentilmente cedida.

 


 

Aqui, a publicação que reconheceu a transformação de Associação em Sindicato

Jornal "DIÁRIO OFICIAL", Seção I, de quinta-feira, 19/02/1953

DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO

Serviço de Comunicações

EXPEDIENTE DO GABINETE DO MINISTRO

N.º 288.971-52 - (D. 16-2) - Parecer: A Associação Profissional dos Empregados em Estabelecimentos de Itajubá, no Estado de Minas Gerais, solicita seu reconhecimento como entidade de primeiro grau. Concordando V. Ex.ª em dispensar o pronunciamento da Comissão de Enquadramento Sindical, por já constar do respectivo Quadro a sua categoria profissional prevista no art. 577 da Consolidação das Leis do Trabalho, e tendo a interessada feito prova de que reune um têrço dos exercentes da sua atividade, legalmente constituída, proponho, de acôrdo com o parecer da Divisão de Organização e Assistência Sindical, seja a referida Associação reconhecida sob a denominação de Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Itajubá, como órgão representativo da respectiva categoria profissional compreendida no prumeiro Grupo - Empregados em Estabelecimentos Bancários do Plano da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito, com base territorial nos municípios de Itajubá, Baependi, Brazópolis, Cristina, Delfim Moreira, Itanhandu, Maria da Fé, Paraisópolis, Passa Quatro, Pedralva, São Lourenço e Silvestre Ferraz, aprovados os respectivos estatutos. - Em 6 de fevereiro de 1953. - Roque Vicente Ferrer, Diretor Geral do Departamento Nacional do Trabalho. - Despacho: Aprovado. - Em 10 de fevereiro de 1953. - José de Segadas Vianna.

 


 

Jornal "O SUL DE MINAS", de 08/03/1953

Nova Entidade de Classe
Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Itajubá

Está de parabens a classe bancária e também a nossa cidade, com o reconhecimento, há pouco, da Associação dos Bancários de ltajubá, como orgão de classe do primeiro gráu, sob a denominação de SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS DE ITAJUBÁ, Com base territorial nos municípios de Itajubá, Baependi, Brazópolis, Cristina, Delfim Moreira, ltanhandú, Maria da Fé, Paraisópolis, Passa Quatro, Pedralva, Silvestre Ferraz e São Lourenço, em Minas Gerais, conforme consta do "Diário Oficia1", de 19 de fevereiro último.

É uma antiga aspiração dos bancários locais, que tomou maior intensidade a partir da execução da atual lei sindical, que não permite a filiação sindical fora da base territorial do respectivo orgão representativo da categoria profissional e que óra se concretisa graças aos seus ingentes esforços perante às autoridades competentes.

Em face do grande desenvolvimento por que vem passando Itajubá, há vários anos, principalmente no setor econômico, pois há, presentemente, em funcionamento, na cidade, seis Bancos e duas Caixas Econômicas, a Federal e a Estadual, e do número de funcionários bancários que ultrapassa de muito, a casa da centena, não podia, evidentemente, essa classe profissional prescindir do seu Sindicato, como orgão de congraçamento e defesa dos interesses dos trabalhadores nesse importante setor de atividade, a exemplo dos seus colegas da indústria textil.

Agora, depois de realizado semelhante objetivo, os bancários, por certo, tanto de Itajubá como dos municípios pertencentes à base territorial da novel entidade, não terão dificuldade em encontrar os elementos sensatos e dedicados aos altos interesses da classe para dirigir a sua entidade máxima, de modo a poderem auferir tôda sorte de vantagens e benefícios que isto lhes proporciona, sem jamais pender para o campo da luta de classes, fazendo outrossim com que o Sindicato cumpra de maneira cabal a sua alta finalidade, sendo um elemento poderoso de congraçamento da classe, de harmonia e de progresso para a nossa terra.

Certamente tão expressivo acontecimento será comemorado com festividades especiais, o que esperamos aconteça, com a participação de todos os bancários desta região privilegiada.

Esta fôlha felicita o novo Sindicato, com parabéns à laboriosa classe, augurando-lhe uma trajetória de franco sucesso.

Assim, ao inserir estes documentos, queremos homenagear a todos que foram mencionados nos artigos transcritos, bem como àqueles incansáveis e anônimos companheiros e companheiras que, junto dos diretores que se elegeram no decorrer do tempo, fizeram da antiga Associação, hoje Sindicato, a entidade respeitada da atualidade.